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Manifestação bolsonarista na Paulista defende anistia a golpistas e apoia interferência dos EUA
Público foi bem menor do que anteriores já reigstrados
Por Administrador
Publicado em 04/08/2025 06:40
Polícia

Na tarde deste domingo (3), um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ocupou parte da Avenida Paulista em um ato que misturou discursos antidemocráticos, defesa de criminosos condenados pelos ataques de 8 de janeiro e apoio a medidas agressivas dos EUA contra o Brasil. A manifestação, organizada por políticos de direita e líderes religiosos, como o pastor Silas Malafaia, repetiu narrativas já desmontadas pela Justiça e reforçou laços com o governo de Donald Trump, que recentemente anunciou tarifas punitivas contra o país.

 

 

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Entre bandeiras brasileiras e norte-americanas, os manifestantes pediram anistia para os envolvidos nos atentados golpistas de 2023, quando extremistas invadiram e depredaram o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto na tentativa de derrubar o governo democraticamente eleito. A Procuradoria-Geral da República já comprovou que os ataques foram o ápice de uma trama articulada desde 2021, com o objetivo claro de deslegitimar as urnas eletrônicas e, posteriormente, anular o resultado das eleições.

 

Apesar das provas contundentes, os manifestantes insistiram na narrativa de "perseguição política" contra Bolsonaro, que hoje cumpre medidas cautelares determinadas pelo STF — incluindo o uso de tornozeleira eletrônica — por seu papel central na organização dos atos antidemocráticos. O ex-presidente, que não compareceu ao protesto, aguarda julgamento pela Primeira Turma do STF em setembro, quando pode ser condenado por tentativa de golpe.

 

 

Interferência estrangeira e subserviência a Trump

 

Um dos aspectos mais preocupantes do ato foi a aclamação explícita às medidas do governo Trump, que incluem sanções contra autoridades brasileiras e tarifas comerciais abusivas contra o Brasil. Os manifestantes não só apoiaram as retaliações como exaltaram o deputado Eduardo Bolsonaro, acusado pela PF e pela PGR de atuar nos EUA para pressionar Washington a intervir na Justiça brasileira. Juristas já classificaram a atuação de Eduardo como uma tentativa de golpe por meio de ingerência internacional.

 

A Polícia Militar não divulgou números oficiais de participantes, mas o evento contou com reforço policial, mesmo sem incidentes graves. Enquanto isso, a pauta do protesto deixou claro o alinhamento de parte da extrema direita brasileira com interesses externos, em uma clara tentativa de minar a soberania nacional e a independência do Judiciário.

 

Com o julgamento do núcleo golpista se aproximando, os apelos por anistia e as tentativas de desestabilização devem se intensificar — mas as instituições seguram firmes no combate aos que tentaram rasgar a Constituição.

 

Foto: Cadu Pinotti / Agência Brasil

 

 

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