Conforme o delegado Aldiney Nogueira, da 38ª DIP, o autor mantinha uma união estável com a mãe da vítima. Ele começou os abusos aos 8 anos da criança, que consistiam em toques nas partes íntimas, e aos 10 anos passou a consumar os estupros.
“Os estupros culminaram na gravidez da adolescente aos 13 anos. O fato foi denunciado na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) por uma tia, que notou os primeiros sinais, após ela ir morar em Manaus”, explicou o delegado.
Os primeiros atendimentos, tanto policiais quanto psicossociais, foram realizados pela Depca, sendo fundamentais para o desfecho do caso pela 38ª DIP de Itapiranga, para onde o caso foi enviado, tendo em vista que o fato criminoso ocorreu no município.
Segundo Nogueira, foi instaurado um Inquérito Policial (IP), em 2023, e o autor foi indiciado por estupro de vulnerável majorado, pelo fato do suspeito ser padrasto da vítima.
O autor respondia ao processo em liberdade, porém, recentemente a Polícia Civil foi informada pelo Conselho Tutelar que a vítima tinha retornado à Itapiranga, juntamente com a filha de poucos meses, e que o abusador estava novamente frequentando a casa dela sob o pretexto de ajudar a vítima nos cuidados e despesas com a criança.
“Sendo confirmada tal informação, representei à Justiça pela prisão preventiva do suspeito e a ordem judicial foi decretada e cumprida na sexta-feira”, informou o delegado.
A mãe da vítima também terá sua conduta investigada por possível omissão criminosa.
O indivíduo encontra-se recolhido na carceragem da 38ª DIP e será encaminhado à audiência de custódia, ocasião na qual o Poder Judiciário decidirá acerca da manutenção ou não de sua prisão.